domingo, 14 de junho de 2009

Funkeiros cariocas batem o novo recorde mundial em depredação de monumentos a heróis negros.

Com a pichação deste mês ao monumento em homenagem a Zumbi do Palmares, na Praça Onze, os racistas do Rio de Janeiro conseguiram um novo recorde mundial: foi a 23ª no mesmo ano. Nem nos EUA, que como a mídia e a burguesia brasileira insistem em dizer, o racismo é maior, as depredações são tão repetidas. E olha que lá, depois da África, é o lugar onde há mais monumentos a personalidades negras no mundo. Urge a necessidade do povo brasileiro entender que o racismo sempre existiu e sempre vai existir dentro de nossa sociedade. É desanimador ver que nem o próprio negro tem ideia do problema que o cerca e o atinge de forma velada e insidiosa. O racismo dos EUA é o ideal, pois é franco, é cara a cara, você sabe onde está o inimigo e nunca é pego de surpresa. Lá é preto no branco, aqui em a hipocrisia o pinta de cinza. Lá houve durante anos o embate racial, e isto foi bom para aquela nação amadurecer. Nós, ao contrário, somos ainda crianças ingênuas no que tange a luta racial. Acreditamos na bondade do branco, aceitamos a história oficial do Brasil registrada nos livros escritos por historiadores e intelectuais que viviam (e vivem) dentro das casas grandes. O branco nunca vai nos ver como iguais até nos impormos como tal. Enquanto nos contentarmos em ser seus empregados, ser o amiguinho pobre ou ser o vizinho menos afortunado, estaremos contribuindo para manter esta tradição maquiavélica e fétida da raça que finge eqüidade e relação a que lhe serve de capacho. É esta a herança que deixaremos para os nossos netos? Cotas sim. Na faculdade, no serviço público, em tudo o que mais for possível. Devemos perder a “vergonha” de sermos privilegiados pelo sistema que sempre nos preteriu. Devemos isto a nossos ascendentes que sofreram o julgo pesado dos senhores brancos, e que lutaram e morreram sonhando com a igualdade. E hoje quando a igualdade está sendo enfiada goela a baixo dos que sempre nos exploraram, recuamos por vergonha de estarmos sendo considerados mendigos? Mendigo é o que somos hoje, e nossos netos também o serão se não rompermos com esta falta de personalidade.

Mais sobre o recorde AQUI.

E aqui

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